de glicerina, "nevoeiros secos" produzidos por sistemáticas queimadas, no próximo estado do Rio... Estão fazendo a desgraça dos filhos ou netos, esses estúpidos e obstinados...

A mata é riqueza secular, milenar, que nos dera a natureza. Retida a água de chuva, manancial perene de umidade, frescura, que protege a terra do rigor da solina. As culturas se podem fazer sub umbra, indispensável às plantas jovens para vingarem, apenas roletadas as árvores maiores, que apodrecem e caem anos depois, preenchida a função protetora de anteparo, e roçado e enterrado (adubo verde) o mato miúdo, rasteiro, que não faz falta.

Ao invés, esses malditos processos de exploração, florestal e de plantio da terra, reduziram o Nordeste ao deserto... E, por todo o Brasil, vamos imitando... O famoso fumo goiano, apreciado por forte, vai fazendo um deserto dessa província... Derruba-se a mata, queima-se, planta-se: a vegetação esgota a terra, com a colaboração da evaporação que a desseca... Novas plantações, de fumo em novas matas queimadas... para frente...

A chuva que cai não é retida, enxurradas e rios túrgidos passam de raspão sobre a terra, levando húmus e solo arável, logo adusto e ainda mais miserável... A estiagem, a seca que vem, apenas conclui a ruína preparada