Outrora, no domínio holandês, para o plantio da cana, e por operação de guerra, de parte a parte, o fogo, nos canaviais e nas matas próximas, era recurso estratégico... Hoje, o pequeno fabricante de lenha e de carvão é um contínuo devastador...
Os árabes talaram assim, da Palestina a Marrocos, no Norte d'África, — celeiro dos romanos -, reduzindo-o aos desertos que ainda aí se veem... árvores abatidas, pastagens efêmeras, novo deserto... para frente! Assim, chegaram a Espanha e Portugal, que trataram do mesmo modo. Deles aprendido, ou por natural colaboração, o português também foi, lá e cá, um destruidor de florestas. E tão arraigado é o erro, que ouvi, de ministro da Agricultura, aliás competente em outros territórios, a opinião cerebrina, da queimada, como necessária esterilização da terra contra parasitas, adubo pelas cinzas, etc.. Não estranhar, pois, que o Brasil inteiro se dê ao nefasto esporte destruidor das matas, fazendo desertos próximos e penúria definitiva...
Tanta e tão constante é a fúria das queimadas, que Morize acentua, como correntes, dias atrozes, no Rio de Janeiro, em julho e agosto, sol vermelho, lua como gema de ovo, ar esbraseado e exasperante, partículas de carvão, em suspensão, reconhecidas em lâminas induzidas