Homens e fatos do meu tempo

mais nada àquelas memórias terminadas a 23 de março de 1931, tendo ele morrido a 25 de fevereiro de 1937.

Alegava que nada mais de útil tinha a dizer, pois penetrara, segundo repetia frequentemente, na zona crepuscular em que, para o velho, tudo é silêncio e incompreensão, fora do seu dramático \"diálogo com a eternidade\".

Não obstante essa atitude de retraimento e de solitária meditação, compôs, ainda, nesse período, duas belas páginas que foram, depois de sua morte, aproveitadas e incorporadas ao seu estudo autobiográfico, e que são os perfis por ele admiravelmente traçados de seu avô materno — o Barão de Guaicuhy (Josephino Vieira Machado) —, e de seu contemporâneo, parente e companheiro de toda a vida — Francisco Sá.

À guisa de proêmio e como perfeito retrato psicológico do mestre inexcedível, abriremos este livro com a transcrição de um poema de um de seus antigos discípulos, escrito quando Aurelio Pires se abeirava dos setenta anos e trazia, na fisionomia, um halo de espiritualidade e de doçura que o fazia comparável a um santo.

[link=25629]Poema - Mestre Aurelio entre as rosas[link]
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Homens e fatos do meu tempo - Página 16 - Thumb Visualização
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