Essa repartição, criada pela lei n.º 126, de 11 de junho de 1925, é um repositório preciosíssimo de manuscritos, de papéis e de coleções de jornais, relativos à história mineira, desde os tempos coloniais até hoje.
Durante o tempo em que superintendi o Arquivo, sempre que eu penetrava nos amplos salões em que se acham metodicamente catalogados os documentos históricos que comprovam as lutas e os esforços das diversas gerações que contribuíram para a formação, a organização e o desenvolvimento de nosso Estado, — acudia-me ao espírito aquela frase que se encontra no frontispício de uma velha biblioteca: Hic mortui vivunt, pandent oracula muti.
Sob minha direção e redação foram publicados os três últimos volumes da Revista do Arquivo Público Mineiro, sob n.ºs XXI, XXII e XXIII, relativos aos anos de 1927, 1928 e 1929.
Deixo manifesto, nesta página, o meu desvanecido agradecimento ao ex-presidente do Estado, o exmo. sr. dr. Antonio Carlos Ribeiro de Andrada, pelo duplo motivo de me haver honrado com a nomeação para o cargo a que acabo de referir-me, e pela alta prova de confiança que dispensou a meu filho Gudesteu de Sá Pires, chamando-o para seu secretário das Finanças, durante o tempo de sua fecunda e proveitosa administração.
§ 12.º
No fim desse ano de 1927, a 30 de dezembro, meu lar cobriu-se, novamente, de crepe, com o falecimento da santa e bondosa criatura, que era d. Agostinha dos Santos Sá, minha tia materna e minha sogra. Tal falecimento deixou-nos mergulhados em grande dor.