do século passado.. O próprio Ehrenreich, após ter feito uma resenha dos sábios que se ocuparam com etnografia brasileira, assim se externa: "De autores antigos resta-me apenas agora tratar de Martius. Foi o primeiro que empreendeu baseado em todo material então existente e na observação própria de longos anos, apresentar um quadro completo destas populações primitivas, pois, pela primeira vez, também os Tapuias são considerados condignamente. Cabe-lhe a benemerência de entre estes ter reunido os Gês como grupo independente e havê-los caracterizado.
O modo pasmoso por que domina o vasto material espalhado e, às vezes, de difícil acesso, a exposição brilhante, a profunda sisudez moral do nobre filantropo que ecoa em cada linha, assegurarão sempre a esta obra, lugar de honra na literatura sobre o Brasil. As ideias de Martius, até agora, têm sido reguladoras e, em sua obra, viu-se lançado o alicerce firme para a construção da etnografia do Brasil".
O padre João Daniel, autor do afamado manuscrito — Tesouro descoberto no máximo Rio Amazonas —, quando trata da condição dos índios da América, descreve algumas doenças.
Dr. J. F. X. Sigaud, em sua excelente obra — Du Climat et des Maladies du Brésil — 1844, escreveu um capítulo intitulado — "doenças dos índios e medicina dos Jesuítas".
Com satisfação me refiro à magistral obra do prof. Lopes Rodrigues — Anchieta e a Medicina —, publicada em 1934, para festejar o 4º centenário do nascimento do santo e venerável padre José de Anchieta.
A leitura desse trabalho é indispensável, especialmente, aos que estudam a medicina dos Jesuítas e a dos brasilíndios.