das primeiras lutas ao longo da nossa costa, o motivo das primeiras preocupações políticas em torno da posse de nosso território, fulcro do primeiro ciclo da nossa evolução econômica. Fora da influência que o pau-de-tinta teve na denominação da terra que, antes do descobrimento, já o Tratado de Tordesillas havia presenteado a Portugal, entra-se no domínio das conjecturas eruditas, senão das hipóteses fantasiosas. Provam-no os documentos da época: cartas, regimentos, ordenanças, mapas e, ao nosso ver, argumento irrespondível, os trechos lamentosos dos cronistas mais próximos do tempo memorável do descobrimento.
Fosse outra a origem, e, certo, João de Barros, Gandavo, Frei Vicente do Salvador, Frei Santa Maria Jaboatão não escreveriam os períodos seguintes: "Admoesto da parte da cruz de Cristo a todos os que este lugar lerem, que deem a esta terra o nome que com tanta solenidade lhe foi posto sob pena de a mesma cruz, que nos há de ser mostrada no dia final, os acusar de mais devotos do pau-brasil que dela... Porque na verdade mais é de estimar e melhor soa aos ouvidos da gente cristã o nome de um pau em que se obrou o mistério da nossa redenção, que o doutro que não serve de mais que de tingir panos e coisas semelhantes" (João de Barros — "Décadas").
Por onde mim parece razão que lhe neguemos este nome nem que nos esqueçamos dele tão indevidamente por outro que lhe deu o vulgo mal considerado, depois que o pau-de-tinta começou de vir a