Farias Brito; o homem e a obra

seja. Nunca alcancei em coisa alguma vitórias ruidosas". (*)Nota do Autor.

Humilde Farias Brito! Nem por isso deixou de ter discípulos, amigos fiéis e, cada vez mais, admiradores sinceros. Bom, no sentido mais exato do termo, humilde como se fora um cristão, ele que não chegou a optar decisivamente entre budismo e cristianismo — indiferente à popularidade, Farias Brito constitui, na galeria dos nossos grandes mortos, certamente e sem a mínima hipérbole, uma das figuras de maior beleza moral. Dele se pode afirmar que viveu as suas ideias. A harmonia entre o pensador e o homem é impressionante. Sabemos que infelizmente nem sempre foi, nem é assim, mesmo entre filósofos.

Não o quis em seu grêmio a Academia. Nem temos o direito de lhe perguntar, nem tem ela a obrigação de nos dizer quais as razões das suas preferências, por vezes inesperadas. Mas podemos todos reconhecer, sem azedume, que pode haver, e realmente há, vários caminhos para a imortalidade, sem escalas obrigatórias.

J. S.

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