não confessada ou mesmo inspiração legítima, que a autoridade de um dos maiores espíritos da América plenamente justificaria, numa analogia de motivos, numa semelhança de temperamentos.
Mas há mais.
Embora já se afirmasse, com leviandade e má-fé, que Euclides várias vezes citara Sarmiento, a alegação é falsa, absolutamente falsa.
Não há n'Os Sertões nenhuma citação de Facundo, nem o nome de Sarmiento aparece no vocabulário do Prof. Pedro Pinto, bem como nos seus cadernos e nas suas notas.
Só se encontra o grande nome argentino n'À Margem da História, a páginas 200, 215, 231, citando a Civilizacion y Barbarie.
Ora, em toda a obra, como na vida de Euclides da Cunha, há uma grande probidade. Em um dos mapas conservados no arquivo do Itamarati, de sua autoria, que o culto carinhoso de Firmo Dutra exumou do esquecimento, na conferência do Itamarati, há um traço expressivo dessa probidade: aquela nota, a lápis, em que confessa um erro próprio provável.
Seria estranho, entre todas as citações de obras e autores que se deparam n'Os Sertões, que, inspirado em Facundo, não aparecesse uma vez sequer o nome de Sarmiento.
De Francisco Escobar, autoridade intelectual e moral sem contraste, que acompanhou de perto