A glória de Euclides da Cunha

bondade generosa do médico da Escola, Dr. Lino de Andrade, fê-lo recolher à enfermaria, com um "diagnóstico bom sem deixar de ser verdadeiro".

A repercussão pública foi grande. No Parlamento Silveira Martins e Joaquim Nabuco não lhe deram apreço maior.

Mas a imprensa oposicionista viu mais um indício da República que se aproximava. Euclides é logo após recolhido ao Hospital Militar do Morro do Castelo, esquivo e insubmisso à evasiva com que o queriam salvar. Afrânio Peixoto, no discurso com que o sucedeu na Academia Brasileira, recordou com comovida ternura os dois corações que o consolaram nesse retiro: Francisco de Castro e uma irmã de caridade.

A mesma atitude retilínea, de rebeldia conciente e de profissão de fé republicana, manteve na fortaleza de Santa Cruz e no Conselho de Guerra. Uma "vária" do Jornal do Comércio consegue um ato pessoal do Imperador, excluindo-o do Exército a bem da disciplina. Segue imediatamente para São Paulo, onde residia o pai, sendo bem acolhido pelo grupo de republicanos de lá. Não lhe perceberam, entretanto, o alto valor, a não ser Júlio de Mesquita, que o levou a colaborar em A Província de São Paulo, o grande órgão da imprensa brasileira.

Inicia a colaboração sob o título "Questões Sociais", com o pseudônimo Proudhon.

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