A glória de Euclides da Cunha

com a qual se solidarizava a mocidade militar. A chegada do \"Ville de Santos\", em que viajava o propagandista, seria a 4 de novembro, domingo, dia de folga. A visita do Ministro da Guerra, marcada para 3, foi adiada à última hora, para o dia seguinte, no intuito visível de evitar o comparecimento dos alunos à manifestação projetada, pois que o impedimento se estendia até 6 horas da tarde. O descontentamento produzido pela notícia foi evidente, manifestado na violência com que foi cumprida a ordem de descansar armas. Abandonada a forma, o desgosto reprimido explodiu em doestos, censuras, protestos violentos. Alguns mais exaltados propuseram manifestação franca na manhã seguinte diante da autoridade maior do exército, o Conselheiro Tomás Coelho.

Na manhã de 4, comparece o Ministro, acompanhado do Senador Silveira Martins, que tinha um filho na Escola. A revista da 1ª companhia se fez sem incidentes, mas da 2ª destacou-se Euclides da Cunha, tentando amolgar a baioneta, atirando-a aos pés do Ministro. É difícil repor estes episódios em suas linhas exatas. Às próprias testemunhas presenciais, tocadas de emoção, escapam as tonalidades. Outros têm interesse de as deformar. Os relatos dos jornais, controvertidos. É certo que houve troca violenta de palavras entre o Ministro e o jovem, que foi retirado de forma imediatamente, por ordem do Comandante Cel. Clarindo de Queiroz. A

[link=28576]Escultura: busto de Euclydes da Cunha[link]
[link=28587]Fotografias: família de Euclydes da Cunha[link]

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