por ninguém: "Quando penso que não existe nenhuma espécie de lei nessas paragens, fico admirado de que não se pratique aí os maiores crimes",(120)Nota do Autor "Parece — dizíamos certa vez a respeito deste problema — que a sociedade colonial e imperial, fortemente enquadrada em famílias, em engenhos, em clãs, não dava tanta margem à existência do salteador, quanto a dos nossos dias" (121).Nota do Autor
É verdade que o mesmo não se podia dizer dos distritos diamantinos, onde a falta de segurança — diz Oliveira Lima — era proverbial. "Os assassinos trabalhavam nas ruas como galés, de grilheta aos pés, segundo os viam os viajantes, o que quer dizer que correntemente não escapavam ao castigo, mas para atingir a totalidade dos ladrões não chegava nem a cavalaria miliciana". (122)Nota do Autor Mas isso em distrito, como os mineiros, onde as atividades são, por definição, um incitamento ao crime e à contravenção: nas zonas de civilização sedentária e estável, não. A prova está em que o próprio Oliveira Lima, noutra parte do seu livro, informa que "o correio andava, pelas estradas ermas de São Paulo e Minas sem ninguém o molestar". (123) Nota do Autor
Ora, esta relativa segurança dá ensejo a três observações: A primeira é que graças a ela pôde a economia do país desenvolver-se e alcançar aquelas cifras que ainda hoje constituem um tema de humilhação para e produção atual.(124) Nota do Autor A segunda é que o proprietário