Capitais e grandeza nacional

e editadas pelas autoridades competentes, como uma fonte de inspiração e um roteiro; elas contém a súmula das ideias do tempo sobre os problemas da colonização; elas são uma Suma de Colonização e hoje têm toda a atualidade como fonte de inspiração para a política do que o presidente Getulio Vargas chamou o "imperialismo brasileiro". Hoje como nos tempos coloniais, grande parte do nosso território jaz nas condições em que o deixaram os primeiros donatários e hoje como naquela fase da época duartina "não he tempo pera com tall se bulyr mas pera mais acresentar as lyberdades e prevylegios e não pera os deminuir".

Na nossa opinião todo o grandioso esforço construtivo de que foi teatro o Brasil colonial — esforço que para se classificar com propriedade há que recorrer aos ciclopes e titãs mitológicos - toda a configuração monumental com que foi esboçado o país nestes primeiros séculos de sondagens, de explorações e de conquistas, toda a nossa imensa riqueza, neste período, são obra, em primeiro lugar, do sistema de ideias, do regime de proteção, ou melhor, de segurança dos empresários e proprietários, da política nitidamente, conscientemente, patrimonial aqui praticada pela Coroa portuguesa. Na origem desta obra colossal encontram-se as Ordenações do Reino, as Cartas de Doações, os Forais, os Alvarás, as Provisões, todos estes diplomas legais onde a minúcia de menagère não faz perder de vista os velhos princípios estabelecidos pela história; encontram-se esta perfeita ciência e esta consumada experiência política que transparece das cartas de Duarte Coelho e de todos os documentos da época. Voltar ao espírito que animou esses códigos, às ideias que estiveram na base desses diplomas — eis o que é necessário ao Brasil, eis o que é sabedoria. Nas ciências

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