nos seus atos públicos. Só poderão consultar a nação num futuro assaz remoto e até lá estão condenados, a fim de completar sua obra a consolidar a República, a legislar por decretos, sem nenhum controle. Como os meios que possuem de verificar se a opinião os apoia são muito imperfeitos, precisam, a fim de não cometer erros graves, uma felicidade pelo menos igual à que tiveram a 15 de novembro e uma prudência que os revolucionários raramente revelam noutras latitudes e que desejaríamos continuasse sempre presente nessa maravilhosa e privilegiada região. Não é a prudência, ela também, um dom dos Deuses?
Uma sedição militar rebentou, a 19 de dezembro, em um dos quartéis do Rio. Soldados do 2° de Artilharia, aproveitando-se da ausência de seus oficiais desfraldaram a bandeira Imperial e gritaram "Viva o Imperador". Entrincheiraram-se em seguida em seu quartel. Cercaram-nos e mandaram a tropa ao assalto. Houve então uma fuzilaria que durou cerca de meia hora. Falava-se de uma quarentena de mortos, todos soldados rasos, mas o governo cobriu a ocorrência de um mistério dificilmente penetrável. A imprensa calou ou muito pouco disse. O telegráfo foi severamente fiscalizado. E pude ver, ontem, que o ministro brasileiro em Londres desmentiu esse fato que chegara a transpirar apesar