figura principal o padre Gonçalo Ferreira da Fonseca; os Tavares Coimbra e outros.
Na revolução liberal de 1842 é que os ânimos se exaltaram.
O presidente interino, José Feliciano Pinto Coelho da Cunha, nomeou para o posto de coronel comandante em chefe da legião, em Queluz e Bonfim, o major Antônio Rodrigues Pereira.
Sua atuação na chefia do movimento revolucionário foi enérgica, mas criteriosa. Não fez perseguições políticas aos adversários. Tomou posse de todas as repartições públicas, agindo com elevação e com espírito público.
Com a vitória dos legalistas, foi ele processado criminalmente, e bem assim os seus irmãos major Joaquim Rodrigues Pereira e padre Francisco Pereira de Assis. A denúncia foi oferecida pelo promotor público, Dr. Joaquim Caetano da Silva Guimarães, ao juiz municipal Dr. José Inácio Nogueira Penido, apontando-os como cabeças da rebelião.
Além de outros documentos junto aos autos, consta o seguinte, inédito:
— "Ilmo. Exmo. Sr. Feliciano Pinto Coelho, presidente interino da província.
Às 11 horas da manhã fomos agredidos por duas colunas, uma de Ouro Preto, outra de Congonhas. Na de Ouro Preto havia duas peças, com as quais deram 13 tiros, sem ofensa nenhuma nossa. A coluna de Congonhas, rompendo o fogo, foi respondida pela gente do capitão Marciano, que a fez recuar. Não tivemos nenhum ferido, e deles foram alguns. A do Ouro Preto, além dos tiros de peças, deram algumas descargas de mosquetaria, que também não fez dano; eles sofreram descargas de nossas forças e supõe-se ter morrido um oficial, que pareceu ser o Bernardo Brandão, por ter-se visto rodar do cavalo abaixo.
Nós tivemos um guarda ferido por um dos nossos, por engano.
Aprisionaram-se quatro deles; mas pessoas insignificantes; eles, quatro dos nossos do surpresa, em uma casa onde se haviam entrincheirado, a despeito das ordens do comandante em chefe.