com a Araucaria Brasiliensis, mas o salgueiro legítimo, de folhas estreitas, alongadas e esbranquiçadas, de ramos inclinados para o solo.
A araucária não só ornamenta os Campos Gerais, como ainda é uma árvore muito útil aos habitantes da região. A sua madeira, de raros veios cor de vinho, pode ser empregada na carpintaria e na marcenaria, e, conquanto mais dura, mais compacta e mais pesada que o pinho da Rússia ou da Noruega, certo será eficientemente aproveitada na mastreação de navios desde que se estabeleçam fáceis meios de comunicação entre os Campos Gerais e o litoral. As suas sementes, mais ou menos de meio dedo de tamanho, apesar de não serem esfarelentas como a castanha, têm o sabor que lembra o desta e são até mais deliciosas. Em épocas imemoriais, contribuíram elas para a subsistência dos índios, que as denominavam ibá, a fruta, ou a fruta por excelência (5) Nota do Autor. Logo que os europeus desembarcaram na costa do Brasil, procuraram conhecer a árvore que as produzia e foi com essas sementes que, em grande parte, se alimentaram os antigos paulistas nas bárbaras expedições contra o Paraguai.(6) Nota do Autor Ainda hoje, os habitantes dos Campos Gerais comem pinhões e empregam-nos na engorda de porcos. Reconhecendo a grande utilidade dessa árvore, eles respeitam-na e não a derrubam sem necessidade, caso único no Brasil, e que assinalo com muito prazer. Aliás, devo declarar que mais meritório do que não destruir a Araucaria Brasiliensis, seria conservar tantas outras espécies preciosas que, diariamente, são derrubadas pelo machado do colono imprevidente.
A Araucaria Brasiliensis, como os nossos pinheiros e abetos, dá, de preferência, em solo arenoso, e, para os