muda de porte em suas diferentes fases de crescimento, a saber: quando nova, os ramos, parecendo quebrados, dão-lhe esquisito aspecto; mais tarde, arredonda-se como as nossas macieiras; adulta, lança-se, erecta, a grande altura, ostentando na extremidade superior um corimbo de ramos com feitio de prato, imenso e perfeitamente simétrico, de cor verde-escura; e, finalmente, acrescentei que as sementes, aliás comestíveis, e as escamas que formam cones enormes, quando atingem a maturidade, separam-se e espalham-se pelo solo. É a Araucaria Brasiliensis, alta, imóvel, elegante e majestosa, que mais contribui para dar aos Campos Gerais uma feição característica. Às vezes, essas árvores pitorescas elevam-se solitárias em meio dos campos, pompeando toda a beleza de seu porte e fazendo ressaltar, com a sua cor escura, o verde tenro da relva que se estende como um tapete sob as suas copadas. Em alguns lugares, encontram-se pequenas matas espessas constituídas exclusivamente de araucárias, e, enquanto à sombra dos nossos pinheiros crescem apenas algumas plantas raquíticas, em meio das coníferas brasileiras, e, em contraposição à rigidez de suas formas, vicejam inúmeras espécies de ervas e subarbustos de folhagem variegada e ramos delicados. As árvores que crescem ao lado das araucárias são geralmente de folhas tão escuras como as destas. Entretanto, em meio de matas limpas e procuradas pelo gado, encontra-se frequentemente uma árvore alta que não só pelo porte, como ainda pelo aspecto, sobressai à conífera brasileira; ao revés do pinheiro, que tem apenas alguns ramos espessos verticilados e recurvos como candelabros, ostenta a outra prodigiosa quantidade de galhos. As folhas das araucárias são verde-escuras, ao passo que as dessa árvore são brancas na parte inferior, assemelhando-se, vistas de longe, às do nosso salgueiro. É ela a vassoura-de-casca preta, assim chamada porque, a despeito do seu cerne branco, tem a casca tão preta como o ébano. Nas margens do Tibagi, já não é essa a árvore que contrasta