Viagem ao Tapajós

Após algumas horas passadas com os Paiva, retornamos nossa viagem. Pelo meio da noite paramos por poucos minutos numa habitação chamada Sant'Ana do Tapará. O "Imperatriz Tereza" quase toca a terra; colocam uma prancha do barracão de desembarque para o convés do navio, e logo começa o vai e vem de homens e mercadorias.

Às 5 e meia da manhã escalamos em Alenquer. Uma ponte de parapeitos, de grande extensão, atravessando um terreno que no verão fica descoberto, faz comunicar nosso vapor com o trapiche, na terra firme.(6) Nota do Leitor.

Em continuação vem Santarém, onde o juiz de direito, sr. Turiano Meira, que veio procurar-me a bordo, me entrega cartas oficiais ou oficiosas para o Tapajós. Aqui embarca, com destino a Urucurituba, o coronel Torquato José da Silva Franco, importante comerciante do Tapajós, e com destino a Itaituba, o sr. Joaquim Lopes Bastos, negociante de Santarém, proprietário da lancha a vapor "Cidade de Santarém".

Santarém, a despeito da sua posição geográfica e da qualidade do seu clima, parece-me muito longe de chegar aos 10.000 habitantes que lhe dão generosamente certas estatísticas. Ouvi emprestarem na região, na maior parte das vezes, um máximo de 3.000 habitantes à "capital da Tapajônia",

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