desaparecido. Hoje, terá no máximo cinquenta casas, habitadas ou não.
Deixando Boim às 10 horas da noite, às 4 da manhã tocamos em Aveiro, localidade fundada em 1781 por ordem do governador J. de N. Teles Menezes, que para aí mandou 200 pessoas. A aldeia começou próspera, depressa obtendo o título de vila, mas sucessivas invasões de formigas-de-fogo, tornaram-na, pelo meado deste século, inabitável. Em 1833, segundo Baena, sua população total era de 313 pessoas, das quais 273 brancos e índios, e 40 escravos. Quinze anos mais tarde o lugar estava completamente despovoado.
Atualmente, conta umas sessenta casas.(8) Nota do Leitor.
É um pouco acima de Aveiro que desemboca, do lado direito, o Cupari. É rio importante. Um dos mais conceituados dos seus moradores, o sr. Almeida Campos, de acordo aliás com a opinião geral no baixo Tapajós, apresenta-me a Cupari como "a pérola" da região, por motivo da extrema fertilidade das suas terras e a abundância de produtos minerais que encerram: gesso, pedra de cal, amianto, etc.
Defronte, um pouco abaixo, deparam-se os vestígios das antigas aldeias de Santa Cruz e Pinhel. A primeira foi uma aldeia de Mundurucus, que somava 507 silvícolas em 1848. Pinhel jamais foi tão importante, malgrado os sacrifícios feitos em homens e dinheiro para povoá-lo.
Urucurituba, com excelente posição sob o ponto de vista clima, fica a uma hora de vapor abaixo