I
A GÊNESE DE UM COMPLEXO
1 - Como se implanta, na conciência infantil, o complexo de inferioridade. 2 - A conciência das massas e suas caraterísticas. O nível mental das massas. Sua incapacidade psíquica para assimilar juízos complexos. Sua sensibilidade às impressões simples e objetivas. As massas não transigem em suas convicções; são radicais. Infensas à análise e propensas às simplificações. 3 - A obra da crítica histórica na formação de complexo de inferioridade de que é presa o brasileiro. Infidelidades do historiador: erros de percepção; erros de tradição. A insinuação de pendores e prevenções. Requintes de originalidade. Nossa história desfigurada: Pedro I e a Marquesa de Santos. O "crime contra o Paraguai". 4 - Os métodos correntes na crítica histórica. Confrontos entre cousas heterogêneas. O mecanismo mental do povo. As pesquisas de petróleo. Ainda, Domitília de Castro. A mentalidade das massas foi sempre a mesma. Hoje, como em 1789.
1 - É na infância que se modela o caráter do homem. Condições orgânicas e psíquicas concorrem, na alvorada da vida, para que se implantem na consciência impressões indeléveis: a extrema sensibilidade de uma câmara in albis e a inexistência de antecedentes psíquicos, capazes de contrariarem percepções novas. O bom e o mau, o nobre e o torpe soam aos ouvidos castos da criança como golpes de escopro na matéria plástica.