alcaparras, perrexil, chicórias, e alfaces verdes, e cousas doces e outros mimos necessários, que parecia estarmos no colégio de Coimbra; e tudo se deve à caridade do irmão Sebastião Gonçalves, que com grande amor mais que de pai, e mãe, provê a todos que se embarcam para estas partes. O segundo foi o padre Rodrigo de Freitas que, adoecendo das mesmas febres chegou a grande fraqueza, da qual com três sangrias, e uma purga se convalesceu. Os mais companheiros tivemos saúde nem nos pesou para os curar, e servir, graças ao Senhor, contudo. Todo o tempo de viagem exercitamos nossos ministérios com os da nau, confessando, pregando, pondo em paz os discordes, impedindo juramentos e outras ofensas de Deus, que em semelhantes viagens se cometem todos os dias. À noite havia ladainhas, às quais se achava o Sr. governador com seus sobrinhos e mais da nau. Na Semana Santa houve mandato (7 de abril), ladainhas e Miserere com canto de órgão. A manhã da gloriosa Ressurreição (10 de abril) se celebrou com muitos foguetes, árvores e rodas ele fogo, disparando algumas peças de artilharia, depois houve procissão pela nau, e pregação. O governador, com todos os seus, trataram sempre o padre com grande respeito e reverência, algumas vezes o convidava a jantar, o que o padre visitador lhe aceitou algumas vezes. Toda a viagem se confessou comigo, e algumas vezes na Bahia; mas como chegaram os frades Bentos, logo se confessou com eles (V).
Passada a equinocial entraram os ventos gerais, com que arribamos à Bahia de Todos os Santos, a 9 de maio de 83. Gastamos na viagem, com os dez dias de detença na ilha da Madeira, 66 dias (VI). Os padres visitador