Quando o padre visitou as classes, foi recebido dos estudantes, com grande alegria e festa. Estava todo o pátio enramado, as classes bem armadas com guadamecins, painéis e várias sedas. O padre Manuel de Barros (VIII), lente do curso, teve uma eloquente oração, e os estudantes duas em prosa e verso: recitaram-se alguns epigramas, houve boa música de vozes, cravo e descantes. O padre visitador lhes mandou dar a todos Agnus Dei, relíquias e contas bentas, de que ficaram agradecidos. Daí a dois ou três dias, vindo o Sr. governador à casa, os estudantes o receberam com a mesma festa, recitando-lhe muitos epigramas; o padre Manuel de Barros lhe teve uma oração cheia de muitos louvores, onde entraram todos os troncos, e avoengos dos Monizes, com as mais maravilhas que têm feito na Índia, de que ficou muito satisfeito (IX).
Trouxe o padre uma cabeça das Onze Mil Virgens, com outras relíquias engastadas em um meio corpo de prata, peça rica e bem acabada. A cidade e os estudantes lhe fizeram um grave e alegre recebimento: trouxeram as santas relíquias da Sé ao colégio em procissão solene, com flautas, boa música de vozes e danças. A Sé, que era um estudante ricamente vestido, lhe fez uma fala do contentamento que tivera com sua vinda; a cidade lhe entregou as chaves; as outras duas virgens, cujas cabeças já cá tinham, a receberam à porta de nossa igreja; alguns anjos as acompanharam, porque tudo foi a modo de diálogo. Toda a festa causou grande alegria no povo, que concorreu quase todo (X).
A Bahia é cidade de el-rei, e a corte do Brasil; nela residem os senhores bispo, governador, ouvidor geral, com outros oficiais e justiças de Sua Majestade; dista da