e ordenado sacerdote, com o mesmo espírito de seu irmão, o padre Fernão Cardim, passou para a mesma província do Brasil. E como na viagem os hereges corsários acometessem o navio, Lourenço Cardim, cheio de fervoroso espírito, com um crucifixo nas mãos animava os que pelejavam contra os inimigos da nossa santa Fé, consolando os que saíam feridos, e confessando os que morriam, até que passado com uma bala, abraçado com o santo crucifixo, entre os abraços de seu Senhor, lhe entregou ditosamente a alma."
O fato devia ter-se passado entre 30 e 31 de janeiro de 1585.
XCI – O padre Marçal Belliarte, com patente de provincial para substituir Anchieta desde começos de 1587, só chegou à Bahia em 20 de janeiro do ano seguinte, quando tomou posse do cargo. Desde 7 de maio do primeiro daqueles anos esteve em Pernambuco. Em 1591 pregou por ocasião da missa da dominga oitava post Pentecostem, que foi a 28 de julho, na qual se publicaram os éditos da fé e da graça, bem como a provisão real que trouxe Heitor Furtado de Mendonça, visitador do Santo Ofício – Primeira visitação citada, p. 12.
No cargo de provincial foi substituído pelo padre Pero Rodrigues.
XCII – O padre Francisco Soares chegou ao Brasil em 1587; dois anos antes havia sido tomado pelos piratas franceses que mataram o padre Lourenço Cardim.
RODOLFO GARCIA