\"Por que não volta mais o meu senhor d\'outrora?
Por que não vem sentar-se no banco do terreiro
Ouvir das criancinhas o riso feiticeiro?
E pensando no lar, na ciência, nos pobres
Abrigar nesta sombra seus pensamentos nobres?
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Enquanto a doce Mãe, que toda amor, desvelo,
Ralha com o rir divino o grupo folgazão\"
das crianças, os irmãos, só os que lhe ficavam, tambem órfãos...
Na primeira versão dessa evocativa poesia esses últimos versos dizem:
\"Ó mãe, ó mãe sublime em cuja fronte pura
O amor como uma auréola esplêndida fulgura
Por que não ralhas rindo o grupo folgazão
Que vem correndo alegre beijar-te a branca mão?\"
Sem o saber, a velha torre, diz ele, ainda nessa versão:
\"Ai sem o saber que ao longe... no asilo derradeiro
Descansam teus senhores à sombra do salgueiro...\"
Castro Alves não teria ainda o ousadia de expor ao público as intimidades de coração e reduziu esses versos aos que ficaram na versão definitiva de Espumas Flutuantes: bastava-lhe à piedade filial, cumprindo todo o afeto, oferecer à memória dos amados extintos tudo o que possuía, esse livro, que legava à posteridade.