Pequena história das artes plásticas no Brasil

ou no vaso religioso, na tanga ou na panela, representam a escrita tradicional mal guardada na memória desde os fundos nevoentos da pré-história. Basta confrontar esses caracteres simbólicos com os caracteres simbólicos egípcios, mexicanos, hindus, chineses, para logo se ver a semelhança, e, pois, probabilidade de o índio ter vindo de um desses pontos do globo, oriundo assim de povos longínquos e adiantados".

No alto e baixo relevo, na gravura e na pintura de Marajó, por outro lado, nem tudo era fácil, havendo "figuras simbólicas e espécimes de uma convencionalidade tão sutil ou tão velada, que não alcança entendê-la nenhum espírito estranho à iniciação das leis completamente extintas que a prescreveram".

Revivem uma estranha mitologia ádvena ou singular idealização. Os caracteres simbólicos foram exaustivamente estudados pelo arqueólogo alagoano (2) Nota do Autor e bem serviram à Heloisa Alberto Torres procurando "estabelecer os cânones da velha e esquecida civilização aruaque".

Como Ehrenreich e M. Uhle, Frederico Hartt estudou-os também, ficando "realmente surpreendido ao ver na antiga louça amazônica, gregas espirais e outros ornamentos perfeitamente idênticos a algumas das armas clássicas da Grécia", o que revelava um apreciável desenvolvimento na arte indígena.

De qualquer forma, foi da estilização marajoara que nasceu a arte brasileira ou dela se parte para o estudo das artes plásticas no Brasil.

Pequena história das artes plásticas no Brasil - Página 28 - Thumb Visualização
Formato
Texto