Pequena história das artes plásticas no Brasil

Corrêa Dias

Para fixar-se definitivamente no nosso ambiente, chegou ao Rio, em 1915, Fernando Corrêa Dias de Araujo, natural de Penejoia (Portugal).

Desenhista, ilustrador, caricaturista, escultor, decorador, ceramista e encadernador, Corrêa Dias aliava sua mocidade à mocidade da sua arte jovialmente radiosa e vibrante à chama de uma sensibilidade enternecedora.

Chegando após realizar em Lisboa uma grande exposição de aquarelas, cerâmicas e caricaturas encartadas de madeira, prolongou o seu êxito expondo na A. B. I., no antigo edifício do País.

Em Portugal tinha dirigido a parte artística das revistas "Águia" e "Rajada". Aqui, a sua arte sutil de ilustrador conquistou logo admiração e não faltou escritor carioca ou dos estados que não procurasse ter um Ex-libris, um verso ou um livro feito ou ilustrado pelo lápis primoroso de Corrêa Dias. Não o disputavam menos os jornais.

Ceramista, voltou-se para a arte indígena de Marajó, estudando-a paciente e amorosamente, sentindo-a através dos seus símbolos e realizando ao depois a mais perfeita reconstituição e estilização da arte marajoara, de que deixou no barro exemplares únicos e formosíssimos.

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