Pequena história das artes plásticas no Brasil

São em número de 22 os medalhões a fresco de Henrique Bernardelli, colocados na fachada da Escola Nacional de Belas Artes, graças à determinação do Presidente Epitácio Pessoa, e cuja ordem é a seguinte: à esquerda da entrada, na parte lateral do edifício, busto de D. João VI e o seu ministro o Conde da Barca. Em continuação, na parte da fachada que dá para a Avenida, da esquerda para a direita, os retratos de: Grandjean de Montigny, arquiteto do antigo edifício da Imperial Academia, depois Ministério da Fazenda e agora destruído; Nicoláu Taunay, J. B. Debret, Zeferino Ferrez, Marcos Ferrez, Feliz Taunay, Joaquim Lebreton, chefe da Missão Francesa e diretor da Academia e D. Pedro I. Do outro lado da porta central, seguem-se os retratos de D. Pedro II, Bethencourt da Silva, Pedro Americo, Victor Meirelles, Agostinho da Motta, Chaves Pinheiro, Antonio de Padua e Castro, Manoel de Araujo Porto-Alegre, Maximiano Mafra e do lado lateral da fachada, Deodoro da Fonseca e Benjamin Constant.

Nome que só uma vez vimos citado na crônica das nossas artes, é o de Bragaldi. Das exposições gerais esteve sempre ausente. De sua autoria são um painel da igreja do Bom Jesus do Calvário, representando a Santa Cruz e a decoração do teto da ex-sala do Trono (hoje sala da Congregação do Museu Nacional), na residência da Quinta da Boa Vista, pintado em 1860 e sobre o qual há esta referência: "essa decoração é a mais rica de quantas existam nesta capital, e foi obra admirável de Bragaldi — tão admirável e com tal gênio trabalhada que só poderá, talvez, sofrer confronto com a maravilhosa decoração que havia no teto da Biblioteca da antiga Academia Imperial de Belas Artes".

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