As palavras não seriam estas; mais longas, mais desataviadas, certamente, mais comovidas, e por isso alcançaram. Vimo-lo que se levantava, transfigurado, abraçando-nos numa exaltação aliviada de quem se liberta de um pesadelo. Não, não era a Euclides da Cunha que eles atingiriam; este, ainda não estava em julgamento, no "Paraíso dos Medíocres" que um dia estigmatizara...
Semanas depois, não essa, que felizmente se dissipou, mas outra danada conjuração, desta vez da ingratidão e dá opróbio, matava-o finalmente..."
Faltam a estas cartas a recíproca e, por isso, este livro não é, rigorosamente, uma correspondência.
Faltam ainda a esta coleção muitas mais que devem existir por certo nos arquivos de Rio Branco, Gastão da Cunha, Afonso Arinos, Waldomiro Silveira e outros mais. É de esperar que aqui possam ainda figurar um dia.
As que lhe escreveram os seus amigos desapareceram na dispersão inevitável de sua vida e na perda irremediável de seu arquivo.
Mas são as cartas de Euclides, por certo, as mais interessantes, acompanhadas das anotações esclarecedoras, muitas de autoria de Fernando Nery.
Delas disse Alberto Rangel: "São páginas à vontade, das mais brilhantes e sinceras. Não dizem tudo,