enviados pelo presidente, no próprio dia 17 de maio, a Albuquerque Lins:
"Tornando-se acentuada a divisão do Partido Republicano Mineiro a propósito da candidatura à presidência da República, e não havendo em favor da pessoa do Dr. David Campista o apoio geral que era esperado em Minas, resolveu aquele nosso ilustre amigo afastar seu nome de qualquer combinação política. Certo do franco apoio que V. Ex.ª prestaria àquele nome, julgo de meu dever comunicar-lhe aquela resolução, para que V. Ex.ª conheça a nova orientação a que têm de obedecer as correntes políticas. Cordiais saudações
AFONSO PENA"(23) Nota do Autor
E a Venceslau Brás:
"À vista da sua carta e não desejando ser causa da cisão na política mineira, o Dr. Campista resolveu pedir a seus amigos que afastassem seu nome de qualquer combinação política. Cordiais saudações
AFONSO PENA"(24) Nota do Autor
No discurso de Afonso Pena Júnior a que nos referimos, e que deu origem a uma acirrada polêmica com Augusto de Lima, que dirigia O Estado de Minas, há afirmações históricas, desafiadoras, de contestação da maior gravidade. Nega categoricamente que o marechal houvesse em tempo impugnado a candidatura Campista. Pelo contrário, aplaudia-a sem reservas. Dizia que cabia ao presidente da República o dever de conduzir a política.
Segundo o Correio de Minas, de 25 de novembro de 1909, em artigo sob o pseudônimo de Neófito, teria havido uma conspiração em Belo Horizonte, enquanto o Presidente Pena confiava nas negociações. O presidente não seria Campista, mas o vice seria Venceslau. Este esforçava-se por Campista, mas os adversários eram irredutíveis.