Campista, o fez de acordo com seus amigos políticos de Minas que foram os primeiros a levar-lhe o nome do ex-ministro da Fazenda para suceder-lhe na suprema magistratura da Nação, nome naturalmente indicado, conforme o próprio Sr. Venceslau, para a continuação da política econômico-financeira do governo, que cumpria, a bem do país, ser seguida à risca.
Mudou de opinião o Sr. Venceslau Brás quando lhe acenaram com os proveitos que poderiam advir do abandono de seus compromissos para com o Presidente Pena. Em 22 de maio, seu nome era proclamado, pela conspiração que vencera o presidente da República, para vice-presidente, ao lado do nome do Marechal Hermes da Fonseca. Como qualificar tal procedimento?
Não merecia o Sr. Venceslau Brás que uma figura, dessas que com a sua sombra preciosa defendem a sesta dos que viajam pelo interior de Minas, lhe prestasse o mesmo serviço que a figueira bíblica prestou a Judas devorado de remorsos?"
Em artigo de 19 de setembro, Afonso Pena Júnior volta a defender a perfeita boa-fé de seu egrégio pai:
"O Conselheiro Afonso Pena estava convencido de que o Sr. Venceslau Brás trabalhava como representante do povo mineiro e que o presidente de Minas só em nome desse mesmo pensamento agia."
E cita os documentos do arquivo paterno, então em seu poder. Assim, em carta do presidente da República a Venceslau, de 12 de março: "ao nome por meu amigo indicado para a primeira magistratura da República no futuro quatriênio"; a que respondeu Venceslau a 20: "Com muito prazer recebeu a carta em que seu amigo lhe comunica o apoio de Albuquerque Lins à candidatura levantada por Minas".