Caminhos e fronteiras

e o que, ampliado em muitos pontos, se divulgou mais tarde na revista Anhembi, de São Paulo, foram porém largamente modificados e enriquecidos de novos dados para esta publicação.

Quanto à terceira parte, inclui, entre outras, páginas já publicadas, em diferentes épocas, em O Estado de São Paulo, o Diário de Notícias do Rio de Janeiro e nas revistas Digesto Econômico e Paulistânia, ambas de São Paulo. Todos esses escritos deveram ser em muitos pontos refeitos para que alcançasse uma plausível unidade o que fora pensado, redigido e publicado de forma fragmentária.

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Essa preocupação de unidade presidiu, aliás, à organização, não apenas dessa parte, mas de todo o volume. A própria divisão em três seções distintas procura, nele, obedecer a uma sequência natural. Na primeira são abordadas as situações surgidas do contato entre uma população adventícia e os antigos naturais da terra com a subsequente adoção, por aquela, de certos padrões de conduta e, ainda mais, de utensílios e técnicas próprios dos últimos. A acentuação maior dos aspetos da vida material não se funda, aqui, em preferências particulares do autor por esses aspectos, mas em sua convicção de que neles o colono e seu descendente imediato se mostraram muito mais acessíveis a manifestações divergentes da tradição europeia do que, por exemplo, no que se refere às instituições e sobretudo à vida social e familiar em que procuraram reter, tanto quanto possível, seu legado ancestral.

O lento processo de recuperação desse legado, após a sua diluição durante os primeiros tempos — diluição e recuperação que constituem, em suma, a matéria deste livro — é tratado nas partes subsequentes. Na segunda, dedicada

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