A Companhia das Índias Ocidentais que, pela situação geográfica de suas possessões, se vira forçada a sustentar tantas e custosas guerras, nunca fora suficientemente amparada, resultando daí o agravamento de sua situação financeira, a tal ponto que em 1674 foi declarada em falência. Organizaram uma outra empresa que deveria principiar suas operações em 1675, de acordo com uma concessão obtida por 25 anos. A dívida da Companhia, então vultosa, ficou diminuída de 30% e o capital dos acionistas de 15%. Os dividendos distribuídos desde essa época, nunca ultrapassaram o limite de 10%; aconteceu até ter sido em 1728 apenas de 3%. Aquela concessão teve sucessivas prorrogações, de 25 em 25 anos, até 1791, após uma mofina existência de mais de um século, sendo, afinal, supressa por proposta do Conselheiro-Pensionista van de Spieghel. O comércio, então, tornou-se livre para todos os neerlandeses e em todas as colônias holandesas das Índias Ocidentais.
Essa liberdade de comércio contribuiu eficazmente para aumentar a prosperidade das colônias neerlandesas das Índias Ocidentais, notadamente na de Demerary, (hoje pertencente à Inglaterra), a qual produziu, já no ano de 1794, o duplo do que produzira nos anos mais favoráveis da Companhia das Índias Ocidentais. (*)Nota do Autor Não teve, infelizmente, duração esse estado florescente, porque a revolução francesa, até 1815, causou completa paralisação em todos os ramos do comércio neerlandês. Tomaram-se várias medidas no propósito de restabelecer o comércio e de incentivar a indústria nos Países Baixos; uma delas foi a organização, em 1828, de uma "Sociedade das Índias Ocidentais" (West-Indische Maatschappij) sob bases muito diversas das duas empresas dos séculos anteriores: não havia previlégio de comércio. Tinha essa Companhia por finalidade principal o desenvolvimento