a 7.800 pés. É interessante observar, como Burton o notou, que a linha das cumiadas não se encontra no interior do Brasil, porém junto da costa. Quase exatamente ao sul do Itatiaia, na província de São Paulo, há uma parte elevada da Serra do Mar que serve de nascente a dois rios: um, um pequeno riacho, o rio Piraí, que corre para leste e em seguida para nordeste, entre dobras da Serra do Mar; e o outro, o rio Paraíba do Sul, com a denominação de Piraitinga, que corre nas direções sudoeste e oeste, num percurso de cerca de oitenta milhas, até que corre para o norte, rodeando as lindes da serra que constituiu a sua barreira setentrional, e, voltando-se sobre si mesmo, passa a correr, com direção geral leste-nordeste, por trás da Serra do Mar, atravessando toda a província do Rio de Janeiro, até que, a 45 milhas mais ou menos do mar, onde as montanhas se interrompem nas bordas do planalto, vai atingir Campos dos Goitacazes e desaguar no oceano após um curso de 102 léguas brasileiras (Gerber), ou sejam 408 milhas.
Segundo Gerber(*) Nota do Autor a altitude do leito do rio, na confluência do rio Paraibuna, é de 272 metros. O rio é por tal forma interrompido por corredeiras, acima de São Fidélis, que a navegação a vapor termina aí, e, no resto do curso, o rio somente dá passagem a canoas e grandes montarias impelidas a vara ou puxadas por cabos de reboque.
Os principais afluentes do Paraíba são o rio Piraí, já mencionado, que permite navegação a vapor até pequena distância acima de sua confluência; o rio Preto, que nasce no Itatiaia, e é um rio bastante considerável, que se lança no Paraíba ao norte da cidade do Rio de Janeiro; o Pirapitinga, que nasce na serra do Pardo; o Piabanha, que desce da Serra do Mar, perto de Petrópolis e