vai ter ao Paraíba em Entre-Rios [Três Rios], um pouco acima do Paraibuna; (este último rio desce da Mantiqueira, na parte oposta da bacia, no mesmo meridiano do Piabanha) o Pomba, que nasce na Serra da Mantiqueira, algumas milhas a leste de Barbacena; e o Muriaé, que tem sua nascente na mesma serra, algumas léguas a leste. A região gnáissica do rio, nos pontos em que não é cultivada, ostenta florestas virgens de máximo vigor, sendo as suas terras especialmente favoráveis à cultura do café; o grande vale do Paraíba, acima de São Fidélis, e os vales de seus afluentes, são em grande parte cobertos de plantações de café. O mesmo se dá com as regiões gnáissicas do norte, cuja topografia e solo são, em muitos distritos, favoráveis às plantações de café.
Após essas palavras de introdução, vejamos os pontos gerais que interessam ao geólogo e ao geógrafo-físico nas vizinhanças da cidade do Rio de Janeiro, para em seguida examinarmos a porção oriental da província.
A Baía do Rio de Janeiro [Baía de Guanabara] é uma bacia que penetra no interior da terra cerca de 20 milhas. Tem apenas aproximadamente uma milha de largura na sua boca, ou barra, alargando-se em seguida. As margens de ambos os lados apresentam reentrâncias e saliências, formando curvas acentuadas e amplas, e, depois da cidade de Niterói, a leste, e do Rio de Janeiro, a oeste, a baía se alaga rapidamente, e, com o mesmo contorno irregular de sempre, alcança a sua maior largura a cerca de 6 milhas da barra, onde se estreita e penetra no interior das terras na direção nordeste. Contém várias ilhas; as mais próximas da cidade, como a das Cobras e Enxadas, são de gnaisse, como as montanhas adjacentes.
A Ilha do Governador , grande ilha por mim examinada na parte oriental, é composta parcialmente de gnaisse; suponho, porém, que, em grande parte, seja composta da mesma argila terciária que encontrei na E. F. de Cantagalo,