Geologia e geografia física do Brasil

são extraordinariamente claras e transparentes, e, ao largo das ilhas de Paquetá e Governador, um depósito de conchas, com lama calcária, está em processo de acumulação. Quase todas as conchas são pequenas, consistindo principalmente em espécies de Arca, Venus, Murex, Cardium, Dentalium, etc. Procurei cuidadosamente corais, mas as únicas Madréporas que vi na Baía do Rio foram um par de espécies de Astrangia,(3) Nota do Autor que encontrei crescendo sobre as conchas, e que em nada contribuíam para a formação dos depósitos aí acumulados.. As marés da Baía do Rio , tanto quanto pude informar-me, sobem de três a quatro pés(4), Nota do Autor mas, isso é muito incerto, como o notaram Spix e Martius(5). Nota do Autor Observei a maré estacionando no mesmo nível um dia inteiro, nas docas do Rio. Em certa ocasião, visitando eu Paquetá, notei que, durante um dia e meio, a maré esteve alta; mas, logo depois da minha volta ao Rio, desceu a um nível extremamente baixo, conservando-se assim por muitas horas. Parece ser isso devido ao fato de que a baía se abre para o lado sul, onde a barra é muito estreita, de forma que as águas podem ser impelidas para as margens por um vento sul, que impede a maré escoar-se, enquanto que outros ventos podem baixar o nível das águas durante todo um período.

A entrada da baía é despida de vegetação de ambos os lados, e guardada por penhascos de gnaisse arredondados

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