próximo a Porto das Caixas. Ela parece muito plana para ser constituída exclusivamente de gnaisse. Essa ilha possui um solo fértil, mas as formigas constituem aí uma terrível praga. Burton afirma que nela se encontram "kjoekknmoeddings". Antigos montes de conchas foram descritos pelo Dr. Henri Naegeli, do Rio, ocorrendo em vários pontos da costa. Em Santos, há alguns de grande extensão, e Saint-Hilaire nos fala de numerosos amontoados dessa natureza no litoral da província do Espírito Santo, nas proximidades de Santa Cruz.
As ilhas menores são de gnaisse, se bem que, como acontece em Paquetá, achássemos massas isoladas de gnaisse ligadas por extensões de areia contendo conchas recentes Spix e Martius chamaram a atenção para o grande número de palmeiras que crescem nas ilhas da Baía do Rio, devido à umidade e ao calor do clima. A baía em nenhum de seus pontos é muito funda; junto às margens é mesmo bastante rasa; a carta de Mouchez mostra sondagens que vão em progressão crescente e perfeitamente uniforme em todas as direções, desde um até 14 e 18 metros. Junto ao centro da baía, ao largo do porto do Rio, encontramos a profundidade máxima — 31 metros.
Próximo à barra, as praias são pedregosas e arenosas; a água é clara e o fundo composto de areia e de conchas; porém no fundo da baía, em volta de toda a margem, onde as terras são baixas e uma série de pequenos rios carregam grande quantidade de lodo, a bacia é cercada por extensos mangues pantanosos e o fundo é raso e lodoso.
Nas águas turvas e algum tanto salobras dessa parte da baía, crescem ostras de grandes dimensões, que muitas vezes estão agarradas às raízes dos mangues. Os peixes são muito abundantes, e os "currais", ou "caniçadas", construídos para apanhá-los constituem um aspecto interessante dessas margens. As águas do interior da baía