a tratar do assunto. Cinco anos depois, no verão de 1913, aceitei os convites que me foram dirigidos pelos governos do Brasil e Argentina, para pronunciar conferências em determinadas associações desses países. Ocorreu-me então que, em vez de fazer uma viagem convencional de turista, unicamente por mar, em torno da América do Sul, eu poderia vir para o Norte, depois de acabar minhas conferências, pelo centro do continente, até o vale do Amazonas. Resolvi escrever ao padre Zahm, revelando meus projetos. Antes, porém, queria avistar-me com os diretores do Museu Americano de História Natural, de Nova York, para verificar se lhes interessaria eu levar comigo dois naturalistas ao interior do Brasil e realizar, durante a viagem, coleta de espécimens para o Museu.
Escrevi a Frank Chapman, chefe da seção de ornitologia do Museu, e aceitei seu convite para almoçar no Museu num determinado dia em começos de junho.
Além de vários naturalistas, também encontrei no almoço, com grande surpresa, o padre Zahm. Disse-lhe então que pretendia realizar a viagem à América do Sul. Também ele resolvera empreendê-la e fora procurar o sr. Chapman para ver se este podia recomendar um naturalista para acompanhá-lo. Desde logo declarou que iria comigo.
Chapman ficou muito satisfeito quando soube que nós pretendíamos subir o Paraguai e atravessar o sertão até o vale do Amazonas, porque grande parte da área que teríamos de atravessar ainda não fora explorada com o fim de se obterem espécimes para coleções.
Entendeu-se com Henry Fairfield Osborn, presidente do Museu, que me escreveu dizendo que o Museu teria satisfação em comissionar, sob minha direção, dois