oceano nos tempos coloniais. O pai de Cherrie nascera na Irlanda e sua mãe na Escócia; vieram muito moços para os Estados Unidos e seu pai serviu durante toda a guerra civil num regimento de cavalaria de Iowa. Sua mulher era de velha estirpe revolucionária. O pai do padre Zahm era um imigrante alsaciano e sua mãe, filha de escocês e americana, descendia de uma sobrinha do general Braddock. O pai de Miller viera da Alemanha e sua mãe da França. Os pais de Fiala eram tchecos da Boêmia. O pai servira quatro anos na guerra civil, no exército da União. Sua mulher, natural de Tennessee, descendia de revolucionários. Harper era natural da Inglaterra e Sigg da Suíça. Éramos tão diferentes em matéria de credo religioso, quanto em origens étnicas. O padre Zahm e Miller eram católicos, Kermitt e Harper episcopais, Cherrie presbiteriano, Fiala batista, Sigg luterano e, quanto a mim, pertencia à Igreja Protestante Holandesa.
Como armamento, os naturalistas levavam espingardas de dois canos calibre 16, das quais uma, a de Cherrie, tinha um terceiro cano, estriado, sob os outros dois. As armas de fogo para o resto da expedição foram fornecidas por Kermitt e por mim, inclusive a minha carabina Springfield, duas carabinas Winchester de Kermitt, uma de calibre 405 e 30-40, a espingarda Fox-calibre 12 e outra calibre 16 e dois revólveres, um Colt e um Smith and Wesson. Levamos de Nova York duas canoas de lona, barracas, mosquiteiros, bastante filó, inclusive redes para chapéus, e camas de vento e redes leves. Levamos cordas e roldanas que nos foram muito úteis em nossa viagem de canoa. Cada qual se vestiu segundo suas preferências. Minhas roupas eram de pano cáqui, como as que usei na África, com duas camisas de flanela do exército americano e duas camisas de seda; um par de sapatos ferrados e perneiras e um