conhecidas regiões da América do Sul. De acordo com o nosso entendimento, ficou assentado que o coronel Rondon e alguns de seus auxiliares me encontrariam em Corumbá ou em outro local rio abaixo, e que juntos tentaríamos a descida do tal rio cujas cabeceiras eles já haviam atravessado.
Eu precisava viajar pelo Brasil, Uruguai, Argentina e Chile, durante seis semanas, a fim de cumprir meus compromissos, fazendo conferências. Fiala, Cherrie, Miller e Sigg separaram-se de mim no Rio, prosseguindo para Buenos Aires no navio em que viéramos de Nova York. De Buenos Aires subiram o Paraguai, para Corumbá, onde me ficaram esperando. Os dois naturalistas seguiram na frente, a fim de começarem a colheita de material; Fiala e Sigg viajaram com mais vagar, levando a bagagem pesada.
Antes de segui-los, presenciei um fato notável sob o ponto de vista do naturalista e de possível importância para nós, em face da expedição que estávamos iniciando. A América do Sul, mais do que a Austrália e a África, e quase tanto como a Índia, é uma terra de serpentes venenosas. Como na Índia, embora em menores proporções, essas serpentes são causadoras de uma séria mortalidade. Uma das mais interessantes provas do progresso no Brasil é a instalação, em São Paulo, de um instituto especialmente destinado ao estudo das serpentes venenosas, de modo a serem obtidos antídotos para os venenos, e à criação dos inimigos das próprias serpentes.
Queríamos levar conosco, para o interior, alguns tubos do soro antiofídico, pois em tais excursões há sempre certo perigo em consequência das serpentes venenosas. Em uma de suas excursões, Cherrie perdera um camarada nativo, por mordida de serpente. O homem