e Miller penetraram ermos onde viveram durante meses e anos com seus próprios recursos, a bem de seus estudos sobre a fauna dos mamíferos e das aves regionais. O professor Farrabee, o antropologista, constitui um exemplo típico do homem que realiza essa difícil e valiosa espécie de trabalhos.
Uma enorme parte dessa genuína tarefa geográfica e zoológica de sertanistas está por fazer na América do Sul. Só pode ser levada a cabo com razoável esforço conjunto, mediante os trabalhos reunidos de numerosos e vários exploradores, atuando cada um dentro de sua especialidade. É desejável que aqui e ali uma parte dessa tarefa seja associada a um reconhecimento geográfico e zoológico como o nosso; ficaríamos, por exemplo, muito satisfeitos, se um trabalho dessa espécie fosse feito em regiões do interior das Guianas, nas cabeceiras do Xingu e em pontos vários ao longo das faldas orientais dos Andes.
Mas, em regra geral, o trabalho deve ser especializado; e, em seus derradeiros lineamentos, deve ser especializado em toda parte. Os primeiros exploradores geógrafos do sertão desconhecido, os pioneiros que ingressam nos ermos em que se lhes deparam a fome, a doença, o perigo e a morte sob variados aspectos, não podem levar consigo o complicado aparelhamento necessário à completa e acabada obra técnica requerida pelas modernas exigências científicas. Isto é verdade ainda no caso de explorações efetuadas em rios desconhecidos; é ainda mais verdade nas explorações, que se tornarão na América do Sul progressivamente mais imperativas, a serem feitas através de regiões afastadas das vias fluviais.
O trabalho científico que cabe a estes exploradores precoces terá de ser de uma natureza, até certo ponto, preliminar; em outras palavras, as mais árduas e, por consequência, de ordinário as mais importantes partes de