médias e austrais, desde o período carbonífero. Sustenta ele que a vida foi distribuída com intermitências ao longo dessas massas continentais, quando não havia interrupções em suas ligações ao sul; e, quando ligadas ao norte, a vida foi entre elas intercomunicadas também periodicamente; mantém ele, além disso, a opinião de que, partindo de uma forma ancestral, as mesmas espécies muitas vezes se haviam desenvolvido em localidades inteiramente independentes umas das outras, quando nelas as condições do meio eram idênticas.
A teoria contrária afirma que existiram frequentes ligações entre os grandes maciços telúricos, tanto nos trópicos como na zona temperada austral e nas regiões antárticas. Os partidários desta hipótese baseiam-se na quase exclusividade na distribuição das formas atuais e das fósseis da vida; ou seja, tomando como base considerações exclusivamente biológicas e não geológicas. É fora de dúvida que a distribuição de muitas formas de vida, passada e presente, oferece problemas que nossos atuais conhecimentos paleontológicos em absoluto não nos permitem resolver. Se considerarmos somente os dados biológicos relativos a um isolado grupo qualquer de animais, não só se torna fácil, como também inevitável a existência de alguma ponte originária ligando diretamente, por exemplo, a Patagônia e a Austrália ou o Brasil e a África do Sul, ou ligando as Índias Ocidentais e o Mediterrâneo, ou ainda ligando uma parte da região andina ao nordeste da Ásia.
A dificuldade que surge consiste em que, quanto maior for o número de grupos animais estudados à luz desta hipótese, o número de tais pontes telúricas, exigindo para explicar os fatos existentes sobre a distribuição animal, cresce de modo constante e indefinido. Um livro recente, escrito por um dos mais cultos defensores