O estudo comparativo das alturas acima do nível do mar, entre os araxás da América e da Ásia, dá os primeiros indícios, que por enquanto ainda não estão confirmados por vestígios fósseis, que se hajam descoberto em regiões similares.
O Sr. Liais, em sua recente obra, Clima, Geologia, Fauna, etc., do Brasil, cita, à p. 240, n.° 107, três fatos de vestígios da indústria humana em depósitos antiquíssimos; a eles posso acrescentar uma mó de argila roxa metamórfica duríssima, e uma mão de pilão de petro-sílex, ambos polidos, que ofereci ao Museu Nacional, tendo sido encontrados em cascalhos, que suponho serem quaternários, de um dos afluentes do Araguaia.
Sendo o período da pedra polida posterior a outros e encontrando-se instrumentos de pedra polida nos mais antigos sedimentos da época quaternária, segue-se que o tronco vermelho é anterior a essa época, visto encontrarem-se, no começo dela, provas de que esses homens já tinham vivido anteriormente o tempo necessário para atingir aquele período.
Entretanto, esta alta antiguidade do tronco americano, que o iguala aos mais velhos do mundo, não está ainda aceita geralmente pela ciência e é sujeita a objeções, como direi adiante.
Segundo o testemunho de Lyell, os vestígios humanos mais antigos que se hão encontrado na América indicam a presença do homem no princípio da época quaternária. Esses vestígios não são por certo os mais antigos; estes devem ser encontrados nas regiões mais altas e que até hoje estão inexploradas.
Ainda assim, a antiguidade do homem americano é grande, porque precede às primeiras emigrações dos