filho natural de nome Francisco José Barbosa de Oliveira, mais velho 5 ou 6 anos do que eu, que depois se casou, contra a vontade da família e teve os seguintes filhos, a saber: o Dr. Antônio José, "o cético", o pobre Luiz Antônio, que faleceu desastradamente, Júlio e Mariana, que vivem e V. conhece, e outra filha que era afilhada de meu pai, e que não conheço.
Em 1800 seguiu meu pai para Coimbra para formar-se, só com o preparatório de grámatica latina: dois ou três anos depois, podia ele habilitar-se à matrícula na Universidade, mas muito jovem, seduzido pelos falsos amigos e talvez pelos olhos de alguma mulher bonita perdeu alguns anos. Meu avô rigoroso, suspendeu-lhe as mesadas; mas o Snr. Conselheiro José de Oliveira Pinto Botelho e Mosqueira, filho de Minas Gerais, Desembargador muito respeitado em Lisboa, amigo de meu avô, lhas continuou por intermédio de seu irmão, Geral de Santa Cruz, talvez de inteligência secreta com meu avô.(19) Nota do Leitor Em 1806, matriculou-se meu Pai no primeiro ano de Direito: só existe uma carta dele a meu avô, de 1807, assim como existem cartas do Snr. Mosqueira, nome que sempre era repetido por meu Pai com toda a veneração.
Em 1807, fugiu o Príncipe Regente de Portugal para o Brasil com toda a sua corte: o Snr. Mosqueira veio com Ele. Meu pai, abandonado, sem pão, cheio de brio, e não querendo voltar à sua Pátria sem posição, casou-se em 17 de agosto de 1808 com minha mãe, a Snra. D. Maria Rosemunda, filha legítima do Snr. João Teotônio da Mata Ferreira e da Snra. D. Quitéria Avelino de Morais: tinha minha mãe 21 anos e já era viúva do Dr. Antônio Inácio Gonçalves Forte, lente de Medicina da Universidade de Coimbra, com o qual fora