só casada seis meses. Meu pai era muito bom estudante; meu avô materno conhecia muito meu avô paterno, por isso com facilidade consentiu no casamento. As cartas que provam esses fatos ainda existem e eu as tenho aqui. A propósito, antes que me esqueça, direi, que o Snr. Mosqueira foi Procurador da Coroa no Rio de Janeiro, e foi ele que deu o luminoso parecer para que o Brasil fosse elevado à categoria de Reino, unido com Portugal e Algarves. A casa dele ainda existe no Rio de Janeiro na rua de Santa Teresa: nela morou o Desembargador Lopes Gama, depois Visconde de Maranguape, e hoje está reformada, pertence ao Barão de Mesquita(20) Nota do Leitor e nela morava e creio que ainda mora, o Gonçalves Roque, hoje Visconde do Rio Vaz. A travessa, que da rua das Mangueiras, hoje Ladeira de Maranguape, segue para a de Santa Teresa, na qual é sita e faz esquina a sua casa, ainda se chama travessa do Mosqueira.(21) Nota do Leitor
Daquele feliz consórcio fui eu o primeiro fruto. Nasci em 1 de julho de 1809; meu pai tinha acabado o terceiro ano de Direito; era então soldado do Corpo Acadêmico, do qual foi Major o Dr. José Bonifácio de Andrada e Silva, e também soldado José Clemente Pereira. Em 1810 tomou o grau de bacharel, mas a Universidade fechou-se, e ele não pôde continuar. Em 1811 viemos para a Figueira e daí para Lisboa, onde embarcamos no "Grão Careta" para a Bahia: aí chegamos no 1.° de maio de 1811 e a 15 de junho seguinte nasceu meu irmão José. Meu pai seguiu para o Rio de Janeiro, onde com o Desembargador Luiz Pedreira do Couto Ferraz, pai de meu amigo Visconde de Bom Retiro, seu condiscípulo e amigo, e outros, requereu a