Memórias de um magistrado do império

casamento nesta cidade do Rio de Janeiro. Meu irmão foi piorando e no 1.° de dezembro faleceu pouco depois de meio dia, deixando um vácuo imenso na minha vida.

Dos assentos de 1876 vejo que viemos a Santos pelo trem de ferro e para aqui no vapor Santos. A 25 de dezembro desse ano de 1875 voltamos para Santos no vapor Santa Maria e lá ficamos até maio de 1877, voltando a 16 ou 17.

Nesse ano de 1877 não dei baile de 1.° de julho e fomos passar esse dia na Ilha das Flores com o Silveira da Mota. Passamos um dia agradável, como nunca mais passarei, pois perdi a minha saúde e estou condenado ao martírio. No fim desse ano de 1877 fomos a S. Paulo pela estrada de Ferro do Norte que começou a funcionar, e paramos em Taubaté, em casa do primo Antônio Augusto(30) Nota do Leitor que já morreu, com 36 anos. Na noute seguinte chegamos a S. Paulo, esperados sempre pelo carro do tio Luiz que sempre nos hospedou com a maior bizarria.

Demorei-me pouco em S. Paulo e fui para o Rio das Pedras. Os meus rendimentos desses anos todos constam dos meus assentos de Receita e Despesa e das Contas Correntes com a casa Sousa Queiroz & Vergueiro. A novidade foi a viagem do Jacobina e Chiquinha com dois filhos, para a Europa em 24 de abril desse ano de 1878, viagem que me fez saudades, mas que foi muito útil ao Jacobina.(31) Nota do Leitor Em maio, de 9 a 13 fui à Fazenda da Boa Vista e a 30 do mês de maio de 1878 viemos todos para o Rio de Janeiro e chegamos nesse dia ou a 31.

Memórias de um magistrado do império - Página 315 - Thumb Visualização
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