Memórias de um magistrado do império

A minha memória já falha e por isso não falei na chegada do meu filho Albino a 31 de agosto de 1877. Tive muito prazer com isso e ele ganhou muito com a educação recebida na Suíça, Bélgica e Alemanha. Quando chegou já estava muito doente a Marquesa de Monte Alegre, sua madrinha, e com efeito morreu pouco tempo depois.

Tinha saído da administração da Fazenda o Isidoro Hirth e era administrador o José Silveira de Freitas Leitão, muito inteligente, mas muito vicioso de beber. Pouco tempo este se demorou na fazenda. Despedi-o, se não me engano no fim de dezembro de 1878 e meu filho Albino tomou conta da administração do Rio das Pedras que nunca foi tão bem administrada como agora.

Voltamos a S. Paulo e Rio das Pedras no fim de dezembro de 1878 e foi nesse mês, a 29 que despedi o Leitão que já se tinha feito incompatível com o meu filho. Foi em 4 de novembro do ano de 1878 que se formou em Direito meu filho Luiz.(32) Nota do Leitor

Demoramo-nos na Fazenda até maio de 1879(33) Nota do Leitor e nos primeiros dias desse mês voltamos para o Rio de Janeiro, e no 1.° de julho desse ano de 1879 dei um dos mais bonitos e concorridos bailes, já para festejar es meus 70 anos de idade, e já por ter Chiquinha voltado da Europa e estar também aqui Maricóta que viera para dar à luz.(34) Nota do Leitor Com efeito a 11 e 15 de agosto de 1879 nasceram os meus netos Eduardo e Elisa. O baile foi muito concorrido, tivemos 48 senhoras e mais de cem cavalheiros. Estiveram o Barão e Baronesa de São Diogo (ele hoje está no céu), o Visconde de Borges de Castro, Ministro de Portugal e família, D. Emerenciana

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