caiu em si e moderou-se, pois viu o papel ridículo, que fazia, mas D. F. excedeu-se e cometeu mil torpezas. A 29 de novembro de 1880 deu o "Jornal do Comércio", notícia oficial do meu despacho, e logo depois do almoço anuncia-se D. F. Corri à sala, cuidando ir receber os parabéns dum dos meus melhores amigos, e fiz que D. Isabel me seguisse, mas fui logo recebido com insultos, que continuavam depois da chegada de D. Isabel. Não se contentando com estas explosões de inveja, insultou-me depois em pleno Tribunal e depois pela "Gazeta de Notícias". Forte miserável! Depois, talvez refletindo sobre o que fizera, procurou o Rui para afirmar não ter sido autor do "Falava-se ontem", da "Gazeta de Notícias", como se não bastassem as explosões pessoais aqui e no Tribunal. Deixemos isso e Deus lhe perdoe.
A 19 de dezembro segui com Isabelinha para S. Paulo porque íamos somente ficar as férias na Fazenda e com efeito a 3 de fevereiro de 1881 estávamos aqui de volta. Fui logo ao Imperador. Todo esse ano de 1881 presidi ao Supremo Tribunal de Justiça.
Em março teve lugar a contestação com o Valdetaro, por causa do julgamento de pronúncia do Bispo de Mato Grosso, que felizmente não foi pronunciado. A consequência foi a inflamação do olho esquerdo agravar-se e ser necessário a operação da iridectomia no olho esquerdo, que foi praticada pelo Dr. Pires Ferreira. Fiquei muito doente todo o mês depois de ter sofrido ferro no meu pobre olho. Acabou-se a minha vida!
Voltemos ao meu despacho de presidente do Supremo Tribunal de Justiça. Este despacho, era verdade, foi uma reparação... O Governo tendo-me removido acintosamente do Tribunal do Comércio, a 14 de setembro de 1861, obrara injustamente... O tempo clareou tudo, a verdade apareceu, o Imperador conheceu a sua falta de razão e reparou a injustiça. Graças