formou em Medicina, veio para o Rio de Janeiro com minha tia Libânia em 1840 e poucos, casou com D. Maria José, filha de José Antônio de Oliveira e Silva, de quem teve a prima Maria José, casada com o J. E. de Carvalho(33) Nota do Leitor casou segunda vez com a minha infeliz irmã em 1855, que faleceu das consequências do único parto que teve, a 24 de junho de 1857; e terceira vez com D. Aninha Perdigão e morreu em 1865.
Tinha meu avô em Lisboa um irmão mais velho, de nome José Antônio Ferreira; era abastado, tratava-se com sege montada, e era secretário particular do Marquês de Pombal, então onipotente, e devia ser pessoa importante. Foi casado com a tia D. Joaquina, de quem teve filhos. Quando cheguei a Lisboa em 1825, conheci o primo Manuel Joaquim da Costa Ferreira e as primas D. Rita, D. Francisca e D. Leonor, filhas desse casal. Entreguei ao primo Manuel Joaquim uma carta de minha mãe e ele me apresentou às irmãs. Ele era Provedor da Saúde e fora Presidente da Bula da Cruzada, de que fora demitido pelos liberais, talvez por terem extinto essa sinecura, e tratava-se bem.
Apresentou-me à prima D. Leonor, moradora num primeiro andar à rua do Ouro, casada com um rico negociante da Índia, velho e gotoso; mas ela ainda era bem bonita apesar dos 40. Depois à prima D. Francisca moradora à rua Augusta, em casa própria, rica, pois além dos bens paternos ficara herdeira dum tio, que lhe deixou propriedades e um trapiche; e depois levou-me numa sege ao Campo Grande, onde passava o verão a prima D. Rita, de mais de 40 anos, feia e bexigosa, mas muito agradável, casada com o Brigadeiro Pigott. Com esta tive relações nos anos seguintes e