é verdade) mais uma vez pelas mesmas. Pensei que já tendo pago direito no Rio, seria suficiente; mas aqui há uma tarifa provincial, da qual ninguém está isento. Tinha cartas do Senador Vergueiro para seus dois filhos, que tem uma casa comercial aqui e, assim como o pai tem imensas plantações no interior; e foi para uma dessas plantações que resolvi me dirigir e, enquanto trabalhava pelo bem, habilitar-me a ver, por mim próprio, a condição dos milhares de colonos europeus que os empreendedores Vergueiros tem sob suas ordens.
O sr. José Vergueiro, chefe da casa de Santos (Vergueiro & Filhos), estava ausente, e seu irmão, o quarto filho do Senador, estava indisposto. Mas, por sua ordem, fui tratado com a maior gentileza pelos empregados do estabelecimento; e, por um deles, meus livros foram logo despachados na alfândega. Declinei seu convite para jantar no Trapiche, pois já tinha aceitado a boa oferta de meus companheiros de viagem brasileiros no hotel do sr. Francisco. Diziam que este era um perfeito poliglota; mas achei, experimentando falar com ele em três línguas, que apenas falava um pouco de cada uma. O jantar foi abundante e excelente. Achei que as joviais qualidades dos brasileiros, eram tão notáveis como as de John Bull, — não que houvesse bebidas em excesso, mas comem com gosto, e divertem-se muitíssimo em cada brinde ou saudação, que pareceu-me, o nosso banquete foi tão abundantemente provido como de substanciosos alimentos e doces. Os brasileiros são grandes fazedores de brindes; numa mesa em que vinte ou mais pessoas estavam reunidas, vi cada qual propor pelo menos uma "saúde", enquanto alguns propunham, no fim da refeição a saúde de nada menos de seis diferentes pessoas. Alguns destes brindes terminavam por hinos cantados por todos em tão altas vozes que parecia serem estudantes alemães os seus executores.
O grupo em casa do sr. Francisco, era composto de mercadores, médicos, alguns funcionários civis do Governo, e um coronel do exército regular. Vinho em abundância foi