pela sua exatidão quando me achava no próprio local que ele descreveu. A estação chuvosa não é formada por aquela mesma chuva incessante da África e da América Central e do vale do Orinoco. Tem mais o aspecto de uma estação de chuvas intervaladas; é verdade que, às vezes, quando a chuva "jorra", jorra de verdade, porém as pancadas de chuva são relativamente de curta duração e caem com intervalos tão regulares que se pode tomá-las para regular compromissos comerciais quase com rigor. Nunca se passa um dia sem se ver o sol, por maior ou menor tempo.
A estação seca não é nem sujeita a febres, nem depressiva; pois dificilmente uma semana e certamente nunca uma quinzena se passa sem que haja uma ou mais pancadas d'água. Por exemplo: colheitas sofrendo falta de umidade é coisa que não se conhece no Amazonas. Embora os dias possam ser quentes, as noites são sempre frescas e agradáveis, com fortes orvalhos.
As ideias do tenente Herndon, a respeito das margens baixas são justamente as que qualquer pessoa teria, viajando rio abaixo numa canoa, pois é impossível para qualquer um, nessas condições, fazer uma ideia correta da região. Seriam necessários alguns anos, e não poucos meses, para se conhecer o Vale como ele deve ser conhecido. Não há assim tantas terras sujeitas à inundação, como Herndon o afirmou, não obstante isso, há grandes porções de terras que ficam imersas nas grandes enchentes. A expedição de Herndon deixou a sua tarefa não terminada, mas prestou grandes serviços à região do Amazonas, direta e indiretamente, pois essa expedição, não tenho a menor dúvida, foi a alavanca que levou o governo brasileiro a promover a navegação a vapor no Amazonas. Este o começo, o fim ainda não chegou".
Quanto aos vapores encomendados pelo Peru, que os contratou com o Dr. Whittemore, outrora residente em