O Brasil e os brasileiros: esboço histórico e descritivo v.2

Esperamos, porém, que a política judiciosa da União saiba manter sempre um rumo, que seja digno de um país que professa os princípios da justiça e da liberalidade.

Futuro do Amazonas

Se a região amazônica, pelo menos nas vizinhanças do grande rio, vier algum dia a ser povoada por uma raça mais nórdica, isso ainda está para se ver. Está situada, numa zona de temperatura (não semelhante à do Mississipi que desfruta todas as variedades de clima) e conserva-se ainda numa quase imperturbada primitividade.

Algumas pessoas, que deram grande atenção a esse assunto, atribuem a natureza do caso ao fato de que as províncias do Pará e do Amazonas nunca poderão ser um ponto de reunião florescente para os Nórdicos. Mas, como o Brasil difere de todos os outros países tropicais, pode bem se dar que a feroz primitividade do Amazonas, ainda venha sorrir à indústria e à civilização. Essa foi pelo menos a minha convição, quando percorri o vale do Amazonas, em 1862.

No caso em apreço, o Brasil, e só ele, tem o direito, de controlar os rios que estejam dentro de suas fronteiras, não importando que os mesmos nasçam ou não em outros países e, tanto quanto o tratado que deu aos Estados Unidos o direito de navegação sobre o São Lourenço, em que nenhum outro país, tem o direito de forçar a Inglaterra a abrir aos Estados Unidos aquele rio, pelo fato de muitos de seus tributários terem suas nascentes no território da União, também nenhuma justiça poderá forçar o Brasil a conceder a livre navegação do Amazonas. Entretanto embora eu me rejubile em ver o Brasil progredir com seus próprios recursos, seria de incalculável benefício para essa nação, bem como para as nações vizinhas, que ela quisesse aplicar,

O Brasil e os brasileiros: esboço histórico e descritivo v.2 - Página 356 - Thumb Visualização
Formato
Texto